quarta-feira, 10 de março de 2010

Volta as aulas

1ª aula do ano é sempre uma maravilha: quase ninguém vai. Só vai mesmo que é obrigado pelos pais ou não tem nada melhor para fazer. Até mesmo os professores faltam! Mas sinceramente, no lugar deles, eu faria o mesmo. Só fui para a escola porque além se estar com saudades do pessoal, ficar em casa com minha irmã o dia inteiro seria uma tortura... O meu primeiro dia de aula foi bem parecido com os dos outros anos. Na verdade, ele começou super normal, ou pelo menos, o que é normal na minha casa. Meu celular despertou, eu desliguei e demorei uns 5 minutos para levantar da cama. Pode parecer muito, mas depois de 2 meses acordando entre as 9:00h e o meio-dia, você perde a habilidade de acordar rapidamente as 6 da madruga.
Na verdade, eu poderia levantar uns 20 minutos mais cedo se quisesse, mas para evitar brigas e confusões de manhã cedo, eu prefiro dormir um pouco menos. No andar superior da minha casa tem dois banheiros: Um 'público' e a suit dos meus pais. Como não podemos usar o banheiro 'particular' deles (a não ser em ocasiões especiais), então meu irmão e eu temos que dividir o banheiro público, e fazer isso é um inferno. Então eu sempre me levanto antes dele para evitar guerras matinais.
Após me levantar, eu peguei a toalha e fui ao banheiro. Joguei Coloquei a roupa no canto do banheiro e abri o chuveiro. Aos poucos, a água começou a tirar meu sono. Aquela água gelada me lembrou o sítio da minha avó... A piscina, o lago... Todo dia, em quase tudo que eu faço, me lembro de lá; da minha avó; do meu tio; da Vi...
Mas como eu dizia, o banho tirou meu sono. Ao voltar para o quarto, acendi a luz e acordei o Felipe. Como sempre ele começou a me xingar, mas eu ignorei como de costume. Após isso, ele foi para o banheiro. Quando ele saiu, eu já estava acabando de me arrumar, e a Mariana começou outro escândalo: ainda de madrugada, ela começou a chorar, ou melhor, a gritar porque queria ir para a escola conosco. Eu sinceramente não consigo entendê-la. Ela sempre quer ir para a escola comigo e com o Felipe, mas á tarde ela só vai para a escola dela se for amarrada. Ano passado, eu me atrasei inúmeras vezes porque como já disse, estudava á tarde, e ela também, então se eu ia para a escola, ela começava um escândalo. Então eu tinha que ir com ela até a porta da escola dela, para ela fazer um 'showzinho' lá, porque queria ir para a minha comigo. Mas eu já me acostumei... É difícil ser muito amado, mas com o tempo vai se adquirindo paciência com essas coisas...
Eu irei resumir esses fatos irrelevantes e chatos. Vou compactar quase uma hora em um parágrafo: Eu tomei café da manhã, briguei com o Felipe, terminei de me arrumar e tentei sair. Após isso a Mariana começou a fazer escândalo e minha mãe não me deixou sair antes dela calar a boca. Eu me irritei (como de costume, afinal, não queria chegar atrasado no 1º dia de aula) mas consegui sair sem nenhuma notar.
Chegando na escola, o Felipe disse com arrogância:
- Não fique perto de mim desnecessariamente; não quero ser visto com você...
E eu respondi a altura:
- Eu te conheço? Só tem louco nessa escola...
Se eu andasse com ele, eu que seria prejudicado socialmente; ele é todo cheio de se achar 'o bom', 'o gostoso' e 'o maioral'. Vira e mexe ele passa por um grupinho de meninas em pose de pombo orgulhoso e elas assobiam, dizem frases insinuativas e até mandam beijos, mas o que o idiota nunca percebeu é que depois que ele passa, elas riem.
Como sempre, o reencontro foi cheio de abraços, beijos e algumas lágrimas (a Josy é um pouco sentimental). Nos encontramos no pátio e começamos a contar como foram as férias. Conversamos até entrar na sala, e também durante as 3 primeiras aulas. Não tinham muitas novidade; o Pablo foi para a Europa com a família, o Tiago e a Rafaela foram para um sítio com os parentes, a Fernanda e o Marcos deram uma passadinha no Rio de Janeiro, a Josy ficou em casa e terminou com o namorado; ficou com um amigo de uma prima no natal e com um sobrinho de uma vizinha no ano novo, e depois voltou com o namorado (e com a consciência limpa!). Fora isso, nenhuma grande novidade. Mas eu ainda não tinha falado de mim! Estavam todos curiosos para saber se eu tinha ido visitar a Vi nas férias:
- Você foi? - Perguntou  a Rafa
- Eu ia, mas não deu... - respondi.
- É mentira! Eu acho que ele nem tem namorada... - disse o Tiago - quer saber, eu acho que ele joga no mesmo time que elas...
- Não Tiago, o especialista nesse assunto aqui é você... A Vi não só existe, mas o Pablo já conversou com ela.
- Mas por que você não foi?
- Como sempre, por causa da minha família; por causa do Felipe para ser mais preciso.
Estava tudo pronto: Malas feitas, carro revisado, Mariana medicada (ela sempre vomita na viagem se não tomar um remédio antes)... Só faltava uma coisa: o motorista! O meu pai ainda não tinha chegado do trabalho. Eu estava no sofá da sala, esperando impaciente e falando com a Vi pelo MSN; combinando o que fazer quando chegar... Eu queria ter tudo planejado para não dar nada errado. Afinal, na última vez que eu fui aconteceu tanta coisa maluca... Eu não queria correr o risco! Então comecei a planejar tudo previamente.
 Quando meu pai chegou estava super nervoso (como sempre). Na verdade, a irritação naquele dia nem se comparava com o normal. como ele fez várias horas extras durante o ano, o patrão dele lhe deixou sair umas (poucas) horinhas mais cedo para compensá-lo e para substituir o presente de natal. Quando ele entrou eu já corri e pequei as malas, ansioso. Mas, ele disse que ainda iria tomar um banho ¬¬
 Como eu não queria perder nenhum minuto, perguntei se poderia fazer algo para agilizar ajudá-lo. Então ele me disse para por as malas no carro (Fox). Enquanto eu ia pegar as malas, o Felipe veio me azucrinar como de costume:
- O que você acha que está fazendo? - perguntou a mula.
- Jogando vôlei. Não dá para ver que estou pegando as malas?
- Mas para onde você vai levá-las?
- Para o autódromo para ver o Rubinho correr...
- Para de ser imbecil e põe isso ai! (nesse momento, ele tentou tirá-las da minha mão)
- O pai que mandou por no Fox!
- Que Fox nada! 'Agente vai" no harbie (fusca).
- Que nada! Até um retardado como você consegue ver que aquele fusca velho não aguenta mais nada! Vamos no Fox!
 A briga continuou por mais alguns segundos, e inconscientemente fomos andando para a escada. Quando percebemos que íamos para a escada, paramos. Então ele, se achando forte, me deu uma empurrada. Eu não deixei barato e dei uma também. Depois ele deu uma porrada no meu ombro. E para não deixá-lo com a sensação de vitória, devolvi. Mas ao bater nele, eu acabei sem querer empurrando-o da escada. Pode parecer que eu sou super forte, mas não foi difícil empurrar aquele corpo magro.
Quando ele caiu deu um grito que mais parecia que eu estava o esfaqueando:
- Filho da <--atup! (acho que ele se esqueceu que a minha mãe é a mesma que a dele...) Maldito! Você quebrou meu braço!! (é agora que ele começa a chorar) Você vai ver! Vou quebrar suas pernas!
 Acho que nem se eu deixasse ele conseguiria... fraco como ele é... Na verdade, ele até que tem um pouco (bem pouco) de músculo; ele faz musculação no quarto dele com pedras e sacos de feijão. Mas isso não ajudou nada na força dele. O negócio é que ele não sabe bater; não sabe usar os músculos para dar o máximo de impacto possível. Eu, por outro lado, não tenho músculos muito maiores do que o normal, mas sei usar cada um para dar um bom soco. Por isso derrubei ele da escada, e tombei ele do carrinho quando tinha 8 anos, e derrubei ele da balança quando tinha 5...
 Mas resumindo, ele não quebrou o braço. Apenas deu um mal jeito. Ele gritou como menina porque é fresco mesmo. Mas por causa disso, não pudemos viajar ¬¬ Mais uma vez as férias se passaram e eu não vi a Vi.
- É tudo mentira! Ele inventou tudo isso!
- A é!? Pergunta pro Felipe! Ele pode mentir na parte da escada, mas não pode negar que machucou o braço e muito menos que eu e a Vi namoramos... Quer saber, eu vou pegar uma foto que tenho com ela que tirei na última vez que nos vimos e vou trazer amanhã!
- Photoshop...
- Aaaaaaa!!
Eu ia pular no pescoço daquele moleque e sacudir até ele virar porpirina! Mas as meninas não deixaram... Fico nervoso só de lembrar... Mas é isso... No primeiro dia não aconteceu nada de diferente ou extraordinário... Eu só espero que continue assim, sem nenhuma loucura (o que não é difícil de acontecer).
Depois eu conto mais sobre mim e o povo que me rodeia... Comente, para eu saber como estou indo.
Até a próxima e lembre-se: NUNCA aceite carona de estranho...
(Eu não sei de nhunm caso em especial sobre isso. Só queria te alertar para você não correr o risco :P)

Um comentário:

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(OBS: Crítica é DIFERENTE DE Tollagem)