terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mistério da mansão Uchihara [parte 4]

Capítulo 4:

Gamakichi

Aqui estou eu novamente. Não sei bem porque, mas estou. Ontem depois que eu digitei comi deliciosas pílulas com açúcar e me deitei. Acho que não será necessário detalhar muito. Vou gastar meu tempo digitando sobre meu sonho. Talvez o mais estranho que eu já tive. Novamente eu pensei acordar sem ter sonhado, mas após notar um enorme sapo em cima de minhas cobertas eu comecei a suspeitar de que ainda sonhava. Era um sapo enorme. Enorme mesmo.

Não como os da Amazônia de 3 kg, esse deveria ter uns 5 kg e mais de 20cm. Ele era cor de laranja com manchas roxas, e uma enorme boca, é claro. O mais estranho é que ele falava! Quando eu o cutuquei ele disse: "Deixa eu dormir mais, nee-chan!" Bom, ele disse em japonês, mas é um detalhe. Caso você não seja fan de anime ou não tenha descendencia japonesa eu explico: NEE é um pronome usado para irmão mais velho, e CHAN é um sufixo para pessoas íntimas. Mas NEE-CHAN pode ser usado para qualquer homem considerado íntimo, seja irmão, seja amigo. mas não para pai, tio, avô... Ai já é exagero.

Mas voltando; eu conhecia aquele sapo de algum lugar; não sei bem de onde, mas conhecia. Ao acordar definitivamente, ele disse estar com fome e saiu pulando. Eu tentei alcançá-lo, mas novamente o telefone tocou. Dessa vez o sr. Daiki disse para Hisako não atender pois ele o faria.

Ao descer as escadas pude ver o Hisako escondido atrás da porta do escritório onde seu avô conversava ao telefone. Ao me aproximar, ele disse: "não conte pro vovô que eu estou ouvindo, ok?" Porque ele falou comigo diretamente? E cadê o ar de terror? Não os entendo. Mas voltando, Não pude ouvir nada pois quando tentei ouvi apenas o telefone sendo batido e o Hisako correndo. Ao abrir a porta o sr. desejou um bom dia para mim e seu neto, que fingia estar chegando agora.

Então ele disse que iria preparar o café da manhã para nós (três) e disse que daria um jeito de me arrumar comida. Então o Hisako disse que havia visto algo antes de eu chegar e me puxou pelo braço até a mesa de seu avô, e abriu a gaveta, mas antes de ele pegar qualquer coisa seu avô nos chamou e ele saiu correndo. Mas o que ele queria me mostrar? Olhei a gaveta, revirei uns papéis e os coloquei encima da mesa, onde percebi a presença do sapo que me acordou. "Será que é gostoso?" disse o sapo segundos antes de surrupiar uma folha e enfiar na boca. - Me devolve isso!

Eu gritei e tentei pegá-lo, mas ele fugiu novamente. Eu o persegui até o quarto do Hisako e no caminho ele gritou: "se você me machucar meu pai te mata!" Continuei correndo e ao entrar no quarto eu acordei. E adivinha onde: lá onde meu sonho acabou. No quarto do Hisako. Em sua cama.

Aquela pista não serviu de nada! Será que esses fantasmas não podem simplesmente me dizer ou mostrar quem os matou? Não seria muito mais fácil e rápido? Mas bom, pelo menos eu me lembrei de onde conhecia o sapo. Outro dia enquanto trocava de canais passei pelo SBT e estava passando Naruto. O desenho japonês mais adulterado da TV brasileira. Não sei que graça tem assistir desenho sem sangue,palavrão, pancadaria... mas bom, ao ver um dos vários posteres do anime em uma das paredes eu vi o personagem Jiraya nobre um sapo.Então me lembrei: aquele do meu sonho era o Gamakichi. O filho do Gamabunta, o lider dos sapos. Isso explicou o sapo, mas o que tem naquele papel? Porque não me deixaram ler antes do Gamakichi engolir? Ainda não sei.

Após me levantar, eu fui à cozinha saborear minhas maravilhosas pílulas de proteínas. Como disse antes, ela não contém glicose que é fundamental para o corpo, e por isso engoli umas colheradas de calda de chocolate para sorvetes que tinha na geladeira. Ainda bem que o velho sabia agradar crianças. Mas eu ainda estava pensando em como conseguir comida; as pílulas não irão durar muito...

De volta ao quarto do sr. Daiki, eu disse para a mochila tocar uma música com o reprodutor de arquivos em MP3, para me fazer relaxar um pouco. Eu conectei um fone de ouvido nela e comecei a ouvir umas músicas japonesas e disse para ela liberar o controle manual para eu mudar de músicas. Ao fazer isso, eu desliguei a música e comecei a dar umas observadas no programa de interceptação da AIDT. Ele serve para ver e ouvir sinais transmitidos próximos a mochila, sem interferir no mesmo, assim pude ouvir nos fones e ver na tela o que a pessoa que me espionava estava vendo e ouvindo sem que ela soubesse.

Assim como eu suspeitei, haviam câmeras em cada comodo da casa, algumas tão pequenas que poderiam ser camufladas de baratas em tamanho real. Eu demorei um pouco, mas reorganizeis os sinais e tive livre acesso de todas elas com áudio e vídeo claros, e devo confessar que tem mais do que eu pensei... Inclusive no banheiro! Quando prender esse ou essa pessoa vou incluir assédio sexual na sua ficha. Mas eu achei muito estranho eu poder captar os sinais das câmeras e não poder rastrear o endereço para onde elas estão sendo enviadas. Isso não deveria acontecer. Mais tarde enquanto passeava pela cena do crime, encontrei um joguinho infantil para se comunicar com os mortos. Decidi tentar. Não obtive sucesso, até que ouvi um barulho na sala. Parecia a porta batendo com violência. Fui checar.

Ao entrar na sala não vi nada, até que alguém me agarrou por trás. A pessoa passou um braço pela frente do meu pescoço e com a outra mão agarrou o próiprio punho, tentando me manter preso. Ele (ou ela) sussurrou algo, tipo "agora você vai morrer!" Sua voz estava distorcida e eu senti um cheiro de algum gás. Provavelmente uma mistura de enxofre com flúor, então deduzi que era hexafloreto de enxofre, um gás que tem um efeito de distorção sobra a voz. depois "dele" dizer aquilo, eu coloquei uma mão entre seu braço e meu pescoço e a outra segurei seu antebraço. Me movimentei um pouco e ele riu pensando que eu não conseguia me soltar, então eu dei uma mordida em seu braço, pisei com toda a força em seu pé, dei uma cotovelada em sua barriga, uma cabeçada em seu nariz e por fim quando ele estava fraco, soltei sua mão do punho e o joguei por cima do ombro para o chão em minha frente.

Antes que pudesse reagir, agarrei seu pescoço com uma das mãos e o levantei, tapando totalmente sua respiração, e disse: - Eu não sei que tipo de fantasma vagabundo é você, mas pra me matar você vai precisar de muito mais que isso!

Claro que não era um fantasma, mas eu não queria que ele soubesse que eu sei. Após isso eu dei uma porrada em sua barriga e o joguei na porta. Ele se levantou, abriu a porta e saiu correndo, deixando-a aberta, então eu fiz uma técnica ninja chamada "Saiton: Wami no jutsu" que faz um enorme jato d'água sair da boca que o acertou e quase o afoga (já que estava com a respiração fraca), e após isso, fiz uma outra técnica chamada "Hyouton: Hyourou no jutsu" que cria uma caixa de gelo envolta do meu alvo. Eu tentei me aproximar dele (que já estava fora da casa) mas a porta bateu bruscamente. Uma voz surgiu do nada disse para eu não sair. Então voltei ao quarto.

O mais estranho é que após verificar os vídeos que a mochila gravou eu pude ouvir claramente tudo que foi dito durante a luta, mas não ouvi a "voz do além". Será que só eu posso ouvi-los? Será que não querem que outros escutem? Será que estou ficando mais doido que o normal? Não sei.

Muitos me chamam de "gênio", mas agora não vejo nada de genial em mim. Não tenho pistas, ném ideia do que fazer. Só fico digitando inutilmente como se isso ajudasse. Mas... Taves ajude! Vou ler algumas anotações que fiz no notbook e em breve volto a digitar.

Eu verifiquei algumas anotações. E acho que achei algo. Um pequeno detálie que apenas um gênio notaria. Inpressionante como alguns minutos podem mudar uma pessoa; agoa a pouco me achava inútil, e agora, um gênio...

Bom, vou copiar um trexo das anotações do 1º dia aqui para se um dia eu postar isso (no blog do Hugo por exemplo), você que está lendo entenda melhor.

- Como o senhor sabe que foram minutos entre uma morte e outra? - Porque todos os cómodos da casa têm câmaras, mas faltou energia em todo o andar superior da casa, e então as filmadoras do andar inferior registraram o sr. Daiki correndo para cima ao ouvir o grito do neto, e depois as câmaras voltaram afilar, o sr. Daiki no chão sem cabeça e o Hisako morto na cama.

Entendeu a minha pista? Se não, isso significa que você não é tão genial quanto eu. Incrivel como alguns minutos podem mudar completamente a opinião sobre sí mesmo. Bom, eu vou explicar a pista que eu achei: no dia do assassinato faltou energia elétrica apenas no andar supoerior da casa, mas no inferior não. Por isso amanhã eu vou verificar a rede elétrica da casa. Não sei se isso me ajudará nas investigações, mas para chegar ao seu objetivo deve-se dar o primiro passo, mesmo que ele seja na direção errada, porque é errando que se aprende o que é certo.

Minutos depois eu fui até o porão verificar a rede elétrica. Entrei devagar, verificando os cantos se não havia nada querendo me matar. Ao examinar vi que a tábua de madeira que havia empurrado quando tentava fugir do Hisako ainda estava meio torta, quase caindo. Mas não perdi tempo com ela. Fui ao quadro de dijuntores.

Ele é bem organizado: É dividido em andar suparior, andar inferior e áres externas. Eu fiz uma pequena análize nos botões do andar superior e não achei digitais; a última pessoa que utilizou os controles usava luvas de borracha.

Quando estava quase acabando, ouvi um barulho auto e violento vindo do canto onde há um armário de ferramentas e de onde o facão saiu tentando me matar no outro dia. Eu sai rapidamente do porão, deixando a porta aberta, com uma expressão de pavou na face. Fui direto ao quarto do sr. Daiki e comecei a observar a câmera do porão, mas não vi ninguém. Não porque fantasmas são imperseptíves a "olhos eletrônicos", mas porque não havia ninguém lá. Eu cheguei a ouvir passos abafados como de estivessem um adar a cima ou no subterrânio. Pena que a mochila não gravou aquelas imagens.

Depois de poucos minutos eu comecei a me sentir estranho. Aos poucos comecei a cochilar; de uma hora para outra eu entrei em sono profundo. Após adormecer, eu sonhei que via o sr. Daiki. No meu sonho, eu estava no quarto sentado sobre a cama, exatamente como estava antes de adormecer. Então o velho entrou pela porta e disse:

- Caramba. que cara de sono!

- Você de novo? O que está acontecendo? Por que vocês não me dizem logo o que aconteceu? Por que tanto joguinho de adivinhação?

- Nós estamos fazendo o possível para te ajudar. Mas você precisa ficar vivo para descobrir tudo, portanto deve comer. O que você vai querer no jantar?

Assombração maldita. Fica perdendo tempo quando pode me explicar pessoalmente o que aconteceu. Mas eu decidi seguir se joguinho, já que não tinha muita escolha.

- Sushi. Eu quero sushi.

Ele disse que providenciaria e saiu. Eu tentei impedí-lo, mas ao sair do quarto, não o vi mais. Porém comecei a sentir um cheiro de peixe muito forte que parecia vir da cozinha, e então fui correndo verificar. Ao ficar de frente para a porta ouvi as vozes do Daiki e do Hisako, se divertindo, conversando como avô e noto preparando o jantar. Mas ao colocar o 1º pé dentro da cozinha eu cai da cama e acordei. Umediatamente corri á cozinha e ao chegar lá vi uma maravilhosa mesa com vários tipos de sushi e alguns enfeites, inclusive um muito estranho, que parecia ser uma cúopala de vidro com uma fumaça densa dentro que escapava por um tubo de plástico que passava por baixo da cúpula.

Eu não iria comer imediatamente, afinal, queriam me matar! Talves a pessoa que matou os Uchihara colocaram aquilo ali! Por isso eu fiz um exame rápido com o KIT anti veneno da AIDT, e nenhum sushi tinha uma gota de veneno. Portanto eu comi. Até não aguentar mais.

E agora estou aqui, digitando. Mesmo dormindo a tarde estou quase caindo de sono, portanto irei arrumar a cozinha amanhã. Veremos o que os fantasmas irão me falar no sonho de hoje.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Patriotismo

Você deve saber que 2° feira (dia 7 de Setembro) foi comemorada a independência do Brasil. Espere, vou mudar o início da postagem. A não ser que você estava em coma, com certeza sabe que 2° feira (dia 7 de setembro) foi comemorada a independência do Brasil. Sem dúvida essa é uma das maiores datas de demonstração de amor à pátria. Na verdade é a 2ª maior. A primeira é a copa do mundo de futebol. O Brasil que tanto manter o título de "pais do futebol" que nem na comemoração de sua independência o povo é tão patriota quanto na copa. Na verdade, a copa acontece a cada 4 anos, e em um mês ou menos os brasileiros conseguem demonstrar mais seu amor à sua terra que nos últimos 3 anos. Na época da independência é assim: é organizado um desfile onde 30.000 pessoas (em São Paulo) se reúnem para acompanhar. Achou muito? Pois saiba que nesta cidade vivem mais 19.000.000 de humanos. Dentre todo esse povo é possível avistar alguns vestindo as cores da bandeira nacional (verde, amarelo, azul e branco), mas talvez não passe de 80% do total. Ainda tem aqueles outros 30.000 que assistem de casa pela TV, mas mesmo assim não chega a ser 0,32% do população da cidade. Agora na copa do mundo é diferente: em 2002, mais de 1 bilhão de pessoas assistiram a final da copa (entre Brasil e Argentina). Isso foi em apenas um jogo. Imagine se somar todos. E se esse números não bastassem, ainda tem aqueles detálies que todos vemos a cada copa: Mais de 95% do povo vestindo verde e e amarelo, ruas sendo feixadas para pintarem o chão com imagens que lembram o futebol e o Brasil (quase em segundo plano), empresas e escolas que liberam os funcionários e alunos do para assistir os jogos (as vezes de madrugada)... Enfim, os brasileiros se orgulham mais do pentacampeonato do que da sua liberdade; Já nos EUA a história é outra: dia 6 de julho, "O Impostor" do Pânico na TV foi à Los Angeles participar do velório de Michael Jackson no Staples Center, mas antes de entrar no local da cerimonia, ele demonstrou um pouco do patriotismo americano: em todas as casa aonde passava via bandeiras do país, devida a comemoração de sua independência (que foi dia 4 do mesmo mês). Mas aqui no Brasil ninguém se preocupa nem em pendurar um pedaço de pano verde com um losângulo amarelo em frente de casa. Há uma certa provabilidade de que roubem caso coloquem, mas o que vale é a intenção. Mas na copa até nos carros colocam bandeirinhas, fazendo com que os passageiros cozinhem sem poder abrir os vidros para os enfeites não caírem. Conclusão: os brasileiros só se importam com algo relativo aos portugueses quando o assunto é futebol, e a única independência que eles (ou melhor, nós) ligam (ou ligamos) é a nossa independência pessoal: ser independente dos pais, do chefe, da esposa/marido...
Então a partir de agora tente ser ou parecer mais patriota, pelo menos na frente dos gringos... Fontes: Usp Wikipédia Globo.com

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência!!!

O Espaço Hugo mudou!
Agora mais patriota do que nunca, o meu blog ficará assim durante a semana da independência em homenagem ao nosso amado idolatrado salve salve Brasil!
Agora você deve estar perguntando: por que mudar?
A resposta é simples: Porque eu quero!
O blog é meu e quem manda nessa budega sou eu!
Esporo que curta e comente!!
Mas para não ficar assim, extremamentesimples, vou por o hino da independência aqui, inclusive porque mutagente além de nãoconhecer não sabe da sua existência.


Hino da independência
Composto por D. Pedro I, em 1821. Em 1922, Evaristo da Veiga escreveu novos versos, que constituem a letra atual.
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil:
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Brava gente, brasileira...
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente, brasileira...
Parabéns, ó Brasileiros!
Já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente, brasileira!...


Hino cantado:




domingo, 6 de setembro de 2009

Mistério da mansão Uchihara [parte 3]

Capítulo 3: No porão Eu estou novamente digitando. Estou com medo, e principalmente confuso. Não sei se "eles" querem ajuda ou me matar... Mas vou descobrir. Pode ter certeza que vou. Continuarei meu relato de onde parei. Depois que digitei ontem eu desci para a cozinha com medo e comi um pouco. Apenas o que meu estômago conseguiu segurar. Eu tentei ligar para os outros agentes para contar a alguém o que esta acontecendo, mas nenhum telefone pega. Nem o telefone, nem a internet. Eu tentei todos, inclusive o meu comunicador da AIDT, mas não tive sucesso. Eu dormi normalmente, ou o mais normal possível, e sonhei. Meu sonho foi curto, afinal demorei a dormir graças ao cochilo da tarde. No meu sonho, o sr. Daiki saia de uma limosine. Na verdade era jogado de dentro dela. Ele tinha um hematoma sobre a sobrancelha esquerda, exatamente como na foto que os detetives do governo me entregaram, porém, na ficha relataram que o ferimento foi causado quando ele foi golpeado com a porta do quarto do Hisako antes de ser trucidado. Após ele cair na calçada de sua casa, o homem que estava no carro disse algo tipo "da próxima vez, traga todo o dinheiro". Não entendi, mas comecei a suspeitar de que os meus sonhos eram uma forma que ELES acharam de se comunicarem comigo. Hoje eu tentei subir no telhado novamente para tentar usar o comunicador, mas nenhuma janela se abriu. Eles não me deixaram sair. Mais tarde, eu tentei me comunicar com eles. Não obtive resposta. Parecia um louco, falando com as paredes. Talvez eles não têm forças ou capacidade de fazer aparições frequentemente. Mas tem para deixar recados. Depois de desistir de falar com os mortos, eu ouvi um barulho de algo caindo no chão. Era um vaso. Quando verifiquei os cacos, me surpreendi. Os cascalhos que seguravam as flores em pé formaram uma palavra. DOWN. apenas down. Talves eles gastassem de brincar. Talves queriam me testar para ter certeza de que poderia ajudá-los, ou apenas queriam economizar letras e força. Engraçado que na tarde anterior, senti um enorme poder fluir daquela visão. Eu comecei a pensar o que a mensagem do vaso significaria, e após voltar para o quarto do Hisako fiz uma conclusão. Os peritos não acharam nenhum resido de terra ou fungos no local do crime, mas acharam poeira. Mais poeira do que o comum. E o local onde provavelmente contém mais pó na casa seja o porão. A parte mais baixa da casa. IN DOWN. Em baixo. Eu desci. Fui até o porão, e antes mesmo que pudesse acender a luz, sofri uma tentativa de assassinato. Eu estava tateando as paredes procurando o interruptor e quando dei por mim, um objeto saiu voando em minha direção. Algo afiado. Algo que com certeza me mataria se me acertasse. Meus reflexos me salvaram. Ao ouvir um barulho no meio da escuridão eu me virei rapidamente em direção do corredor negro como breu, e me abaixei sem notar que estava o fazendo. ao me sentar no chão, uma enorme faca veio voando em minha direção. Eu só percebi o que era após ela passar sobre minha cabeça e cair na escada iluminada. Não vi quem a lançou, afinal, estava muito escuro la. E eu assustado. Quase apavorado. Ao acender a luz eu corri para ver que tentara me matar, mas no final daquele pequeno corredor com prateleiras nas laterais só havia uma parede. Nada mais. Será que os "fantasmas" queriam me matar? Será que escolheram aquele porão fedido a bolor para ser meu leito de morte? Será que aquela história de ajuda era para me atrair para uma armadilha? Não sei. Não ainda. Mas sei que eles desejam algo de mim. algo que ainda não sei o que é. Após tentar me acalmar tive outro susto. Um enorme. As luzes se apagaram e eu vi uma luz entrar pela porta ainda aberta. ela entrou se movendo como se fosse física. Não era apenas um brilho, parecia mais um tecido iluminado voando ao vento. Quanto mais se aproximava de mim, mais ele ganhava forma, até que ao se aproximar tomou a forma de uma criança. Um garoto. O garoto. Ele tinha uma expressão serena e calma na face, mas eu estava paralisado de medo. Não conseguia sequer falar. Ele tocou em mim. Foi um toque leve de uma criança que desejava algo, mas para mim foi como se colocassem uma pedra de gelo seco no meu braço. após pegar em mim ele me olhou de um modo mais triste e me pediu para ajudá-lo. Eu não sabia mais o que pensar. não sabia se aquele toque arrancaria minha alma, então corri. Dei um pulo para trás e tentei correr, mas ele se pôs em minha frente me obrigando a correr para o canto mais escuro da sala, que era levemente iluminada pela presença do garoto de fisionomia oriental. Eu me afastei o máximo que pude daquela visão, e ao bater de costas na parede e perceber que não poderia correr mais, ma abaixei e enfiei a cabeça entre as pernas, esperando que ele fizesse algo. Qualquer coisa. Quando reergui a cabeça, o vi indo embora, de costas para mim, olhando fixamente para minha cara pálida e assustada, até que ao chagar perto da porta ele disse: - Vou lhe dar mais uma dica. Tenho certeza de que você irá entender. Ele saiu e eu esperei algum tempo. Nada aconteceu, até depois de alguns segundos ouvi um barulho de vidro quebrando. Eu estava tão assustado que não tive pressa nenhuma de ir verificar o que eles quebraram dessa vez. Eu me levantei e percebi que estava meio que dentro da parede de madeira. Acho que bati mais forte do que pensei. É como se aquilo onde esbarrei enquanto andava para trás fosse uma tábua de madeira, e ao fazê-lo eu a empurrei levemente para dentro. Agora eu estava no escuro, sentindo a ausência da luz "daquilo" que me assombrava e iluminava todo o local. Mais calmo, fui olhar o que havia quebrado. Era um vidro de uma prateleira onde o sr. Daiki tinha uma coleção de animais de argila, cada um representando um signo do Zodíaco chinês. Ao verificar a exposição percebi algo estranho: 7 das 12 peças estavam no chão, intactas, e as outras 5 estava na prateleira. O vidro que as protegia estava quebrado. E os animais que não estavam no chão estava na seguinte ordem: Porco, Cachorro, Galo, Macaco e Cabra. Não notei o que significava, mas não estava a fim de pensar. estava com fome e queria comer. Agora a pouco, enquanto digitava isso que você acaba de ler, aconteceu algo estranho. Não tem nada a ver com fantasmas, mas não deixa de ser esquisito. A mochila acabou de se auto-concertar e interrompeu minha digitação para fazer um checape de verificação, e seu sistema de rastreamento detectou uma câmera no quarto que não esta listada na ficha da polícia. Depois de algum tempo, identifiquei outras câmeras que não fazem parte do sistema de segurança da casa. Isso é estranho, mas eu vou descobrir porque. Vou destaivá-las sem que a pessoa que está me observando descubra que eu sei sobre as vigias. Agora estou na cozinha, sendo observado porém sem deixar que nenhuma firlmadora capte o que estou digitando. Quando estiver com a cabeça mais fria irei pensar na pista dos animais chineses. Agora irei jantar pílulas de proteínas. Elas são pílulas de emergência da AIDT que os agentes comem caso não tenham o que comer. Podem substituir os nutrientes de uma alimentação balanceada, mas não devem ser usadas como alimento único, pois não tem açúcar e portanto não produzem gordura, que também é necessária para o bom funcionamento do corpo. Amanhã eu digito mais. Eu devo estar ficando louco; por pouco não me despeço do computador...