segunda-feira, 29 de março de 2010

Nova integrante

Desculpe-me leitor(a) por não postar frequentemente; eu estou muito atarefado; mas agora eu vou contar como foram os primeiros dias de aula do ano!!
Na última postagem não teve nada de muito interessante. Minha vida geralmente é assim: sem graça aos olhos de terceiros. Pena que não posso filmar tudo que acontece na escola; o blog teria muito mais audiência.
Vou começar contando sobre aquela gelada madrugada de 4ª feira. Diferentemente dos outros dias do verão, aquele dia começou gelado devido a chuva. Eu me levantei de madrugada para usar o banheiro. Ao retirar a coberta de cima do corpo eu quase desisti de levantar. "Queria voltar a usar fraldas..." Pus os pés no chão gelado o e tateei com as solas procurando os chinelos. Achei e os calcei. Estava sem camisa devido aos calor anterior, e a brisa húmida batia em minha (belíssima) pele a deixando arrepiada. Enquanto andava pela casa me esforçava para enxergar algo naquele escuro quase absoluto, mas, ao chegar ao banheiro, eu acendi a luz e quase fiquei cego. Aquela lâmpada aparentemente fraca lançou uma luz que penetrou minhas retinas e foi direto ao cérebro como uma agulha afiada. Meus olhos queimaram e eu fiquei tonto. Aos poucos fui retomando a visão e me aproximando do vaso. Eu abaixei o shorts, apontei (quase) na privada e deixei sair. Eu ia tentando focar os olhos em pequenos detalhes do banheiro para tentar retomar a visão, mas o azulejo ainda parecia brilha tanto...
Ainda parcialmente mílpe e embriagado de sono, eu fui até a pia lavar as mãos. Abri a torneira e meti água gelada na cara para tentar despertar. Não aguentei e dei um grito pelo choque térmico. Aquela parecia água tirada da geladeira! Pelo menos meu sono diminuiu e eu voltei a enxergar... Para meu azar!
Antes de sair, eu olhei para trás. Foi então que eu o ví. Um monstro. Horrível! Com seis pernas cabeludas, uma cara afinalada, um casco marrom brilhante e duas antenas enormes! Imediatamente meus músculos travaram. Eu fiquei totalmente sem reação. Enquanto o demônio caminhava lentamente pela parede, eu tentava reagir. Aos poucos, eu fui dando pequenos passos para trás, tentando não incomodar aquela peste selvagem. Mas graças a Deus eu consegui sair do banheiro sem aquele ser grotesco me atacasse. Foi então que vi um ser quase tão horripilante: meu irmão. Ele me perguntou:
- Por que você deu esse grito?
- Eu joguei água gelada na cara, mas estava mais gelada do que eu pensei...
- Idiota; deixa eu passar:
Então ele me empurrou e entrou no banheiro. Após alguns segundos ele me disse:
- Então foi por isso! Você gritou por causa da baratinha!
Aquele imundo pegou aquela criatura grotesca na mão e tentou pô-la perto de mim:
- Tira esse bicho de perto de mim!
- Tá com medinho?
Eu corri. Ele foi atrás de mim, segurando o monstro horrendo pelas assas. Eu corri o máximo que pude. Passei por quase toda a casa para não ser pego pelo estúpido do Felipe e pela criatura pré-histórica abominável. Até que chegou um momento que meu pai acordou e parou tudo:
- Vocês querem parar de correia na casa? São 4 da manhã!! Os vizinhos vão reclamar!
- Pai, o Felipe que me assassinar com aquele demônio atroz!
- Eu não quero saber! Parem ou eu arrebento os dois! Felipe, joga esse bicho fora. Eu queria ver se você iria gostar se eu te pegasse pelas asas e saísse correndo pela casa.
Seria meio difícil porque ele não tem asas, mas eu estava feliz por sair com vida. O que foi? Está achando estranho um garoto de 14 (quase 15) anos com medo de uma baratinha? Pois caso você não saiba, ela é um vetores mecânicos de diversos patógenos, ou seja, ela transmite bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus[Fonte: Wikipédia]. Além do que não era uma simples baratinha; era uma criatura mutante de quase 4 cm!
Mas vamos esquecer esta parte. Após o ocorrido eu fui dormir. Ao amanhecer, eu acordei com o celular (ao som de Mike do mosqueiro) e fui me arrumar. Como sempre eu fui tomar um banho, por o uniforme e tomar café. Resumindo, eu me aprontei e na hora de sair eu fui ao quarto pegar a mochila. Enquanto eu descia as escadas, o Felipe gritou:
- Guilherme, pega o guarda-chuva!
Não resisti e respondi:
- Mas por quê? Eu queria ir nadando!!
Verdade seja dita: Se falar inutilidade fosse pago, meu irmão iria levar a família a falência.
Mas enfim: eu cheguei na escola e como sempre fui cumprimentando todo mundo. E como sempre, eu não posso deixar de fazer um gracinha; estava falando pro pessoal sobre o que meu irmão havia dito. E enquanto o fazia, comentei sobre o tamanho do meu guarda-chuvas (que verdade seja dita: é BEM exagerado). Ao compará0lo com um guarda-sol, eu abri os braços (para demonstrar uma grandeza) e acidentalmente bati com o guarda chuva numa garota...
Eu me desculpei rapidamente:
- Foi mal! Eu tenho mania de falar com as mãos... Mas não sou gay!
Enquanto falava, recolhia (junto com ela) os livros que eu derrubei ao golpeá-la. Após levantar, ela disse:
- Não foi nada; mas por que você pensou que eu te acharia gay?
- É porque - disse eu, gesticulando exageradamente - as bichinhas tem mania de  mexer as mãos enquanto falam... Não é mesmo, Tiago!?
Ele me olhou com expressão de fúria, mas eu ignorei. Então continuei:
- Inclusive, duas bichinhas se salvaram do naufrágio do Titanic!
- Verdade?
- É! Elas foram conversando, conversando, conversando...
Enquanto dizia 'conversando' eu fazia movimentos de braçadas, como se estivesse nadando; essa piada é muito melhor quando vista, ao invés de lida.
Após isso, nos despedimos e ela foi para a escada da escola, para esperar o sinal soar. Depois que ela saiu, a Fernanda comentou:
- Ela é tão estranha...
- Eu não acho; - comentei - deve ser porque eu já vi tanta coisa estranha na vida... Inclusive eu mesmo^^
- É sério Gui! Ela parece meio... sinistra...
- Realmente - disse a Josy - ela parece meio isolada; meio sem vida...
- Que nada! Ela apenas não tem nenhum amigo!
- Pode ser, mas eu que não quero ser amiga dela!
- Por quê?
- Ela é bem estranha...
- Mas que nós?
- De certo modo sim, mas por certos ângulos, é bem normal quando comparada connosco!
- Então eu vou falar com ela!
- Tá louco? Eu que não quero ser visto com ela! - Gritou o Tiago.
- Eu nem ligo. Se eu sempre sou visto com você, fazer amizade com ela será vantagem; além disso, meu sentido de percepção astral diz que ela é legal.
- Lá vem você de novo com esse 'sentido de percepção astral'! Quando você vai aprender que não pode perceber se alguém é legal ou chata apenas em trocar duas ou três palavrinhas com ela!?
- Meu dom não é besteira! Eu acerto 97% das vezes que o utilizo; além do que, não custa ser simpático! Quase todos vocês só são meus amigos ou quase (disse mais devagar olhando para o Tiago) porque eu os recebi calorosamente ao entrarem na escola.
- É verdade...
- Então eu vou.
E assim eu fiz. Quando entramos na sala, eu pus a mochila encima da minha mesa de sempre e me sentei ao lado dela. Meu lugar de costume é na lateral da sala; bom, como posso explicar...?
A sala tem 6 colunas de mesas (ou linhas de mesas uma atrás da outra; dá pra entender?) e elas são agrupadas de duas em duas, então, são três duplas de mesas, uma dupla na frente da outra. Eu me sento sempre em uma das mesas que forma a dupla na porta, ou seja, a fileira de mesas que fica encostada na parede em que fica a porta da sala. Perto de mim, ficam sempre o resto da turma.
Os lugares preferidos de 10 em cada 15 alunos (que eu saiba) é o fundo ou a parede. Ou seja, quase ninguém se senta na coluna (ou fileira) de mesas que fica no centra da sala por opção. E era justamente lá que ela estava. Na primeira mesa da fileira do meio. Para pessoas que não conhecem uma sala de aula, aquele seria um lugar de destaque. Mas para alunos (pelo menos da minha escola), aquele era um lugar de isolamento, exceto se você se senta com mais três ou quatro amigos lá. Mas não era o caso dela. Ela estava sozinha, sem mais ninguém do lado ou atrás. Totalmente isolada.
E eu me sentei ao lado dela. Cheguei de supetão com um amistoso "io" e um sorriso animador. Ela desviou o olhar para mim com uma expressão parcialmente assustada e claramente surpresa. Após poucos instantes me admirando, ela respondeu:
- Oi.
Sua face mudou; ficou desanimada e ligeiramente triste. Ela desviou o olhar, mas continuou me ouvindo:
- Seu nome Jéssica, não é!?
- É sim...
- O meu é Guilherme; eu notei que você ainda não fez nenhum amigo, então...
Não pude terminar a frase antes dela me interromper:
- Pare! Seus amiguinhos mandaram você? Você perdeu alguma posta ou algo assim?
- Não! Claro que não! Eu iria dizer que vim te dar boas vinda á escola!
- Mas por quê?
- Eu quero que você se sinta bem; sabe, quando eu cheguei aqui na 5ª série não conhecia quase ninguém; pelo menos ninguém que quisesse ficar comigo no tempo livre. Ainda bem que o Pablo estava na mesma situação. Já éramos amigos antes de vir para cá, então começamos a andar juntos. Se não fosse ele, seria muito difícil de fazer mais amigos. E eu quero te estender uma mão, assim como faço com todos que chegam.
- É sério? Bom, então desculpa... É que na outra escola eu não tinha nenhum amigo, e pensei que aqui seria igual.
- Nenhum? Ninguém que gosta das mesmas coisas que você?
- Eu conversava com algumas pessoas, mas ninguém era amigo de verdade, tipo aqueles que fazem trabalhos juntos e conversam no intervalo...
- bom, pois eu quero ser esse amigo. Então vamos começar de novo.
Eu me levantei, fui até a minha mesa, peguei ia a bolsa e voltei.
- Oi! Seu nome Jéssica, não é!?

- É... - disse ela, com cara de 'õÕ'
- O meu é Guilherme; eu notei que você ainda não fez nenhum amigo, então vim me apresentar e te deseja boas vindas ao manicô á escola! - ela deu uma risadinha - De que escola você veio?
 Depois começamos a conversar um pouco; alguns segundos depois o professor entrou na sala.
- É melhor eu ir para o meu lugar; esse professor é extremamente rigoroso (chato).
Meus amigos admiraram minha atitude. Na verdade, eu sempre faço isso quando alguém chega na minha sala e demora um pouco para fazer amigos. Após alguns minutos, o professor mandou que nos reunissemos em 'duplas de 3' (ou trios para gente normal). Eu disse que iria chamá-la, afinal, em segundos várias pessoas se reuniram e ela ficou isilada no centro da sala. Eu sugeri para a Josy fazer o trbalho com ela, afinal, estava ao seu lado (separada pelo espaço entre as fileiras). Ela disse que não, e que tinha medo dela; então disse para a Fernanda se sentar com a Josy e chamei a Jéssica para fazer o trabalho comigo e com o Pablo. Ela aceitou e eu a convidei. A princípio ela se feixou um pouco, mas acabou concordando. Aqueles momentos comigo e com o Pablo foram extamente o que qualquer novato na escola apracisa para se sentir a vontade; nós somos super comunicativos e divertidos; uma dupla sem igual! Logo, os três estávamos rindo e até perdemos um pouco de concentração no trabaho...
O tempo passou e chegou o intervalo. Sem pensar duas veses, convidei a Jéssica para ficar conosco durante o intervalo. Ela parecia meio 'peixe fora d'áqua', mas todos estavam conversando com ela e tentando fazê-la se soltar. Acabamos descobrindo algumas coisas em comum, como por exemplo, ela também adora histórias (principalmente suspensse e terror), e é fã do Evanescent como o Pablo. Por isso aquele estilo Rock and Roll. Após voltarmos para a sala, eu perguntei se ela havia gostado do pessoal. Ela disse que há tempos não tinha amigos tão legais; a galera também gostou dela, então eu como fundador da Turma da xepa, a nomeei integrante oficial da turma!
Após aquele dia, ela começou a conversar cada vez mais conosco, e até a mudar um pouquinho as roupas. Hoje, ela se dá bem com todos e até fem amizade com outras pessoas da sala! Mas eu senti que ela ainda estava meio 'presa' e precisava fazer como Claudinha: extravasar, liberar e jogar tudo pro ar! Então marquei um passeio no shopping com a galera e ela também. Essa é a prova máxima para se tornar parte da turma; se nesse passeio a pessoa sair tão louca quanto nós, é porque ela é uma de nós. Caso contrário, ela vai se escoder de vergonha!
Iremos amanhã (domingo) para o shopping e essa história você confere aqui no EH 2.0 (que chique!!) Em breve. Espero que tenha gostado, e até a próxima!!

PS: Gostou da homenagen? Eu não fiz a personagem parecida com você por enquanto, mas em breve a jéssica do diários será igualzinha a minha 'musa inpiradora'. Abraço pra Jéssica Rocha e todos os leitores! Comentem!!

Um comentário:

  1. caraaaaaa adoooreeeeeeeeeiii :P

    aff, primeiro eu quase rachei de rir com a parte da barata (pq eu tbem tenho pânico-medo-pavor-fobia desse animal sanguinário)

    "- Eu não quero saber! Parem ou eu arrebento os dois! Felipe, joga esse bicho fora. Eu queria ver se você iria gostar se eu te pegasse pelas asas e saísse correndo pela casa."

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk- choreeiii de rir!


    ahh amigo, adorei poder ter uma personagem inspirada em mim (ki chique) no seu blog *--*
    valeu msmo, to adorando ♥

    ta demaaaiis, continue assim XD

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