quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mistério da mansão Uchihara [parte 6]

Capítulo 6:
Flow
Olá novamente. Esta na hora de relatar o meu angustiante dia. Como sempre, vamos começar pela noite. Em meu sonho, eu era transmutado para a forma de um rato. Não seria a primeira vez. Mas enfim, virei um pequeno e indefeso roedor, que tentava desesperadamente sair daquela velha casa. Procurei por horas uma maldita saída daquela mansão escura, mas não encontrei. E o pior era que enquanto corria procurando uma escapatória, ouvia uma música. Uma música que confesso ser muito legal, mas que em minha condição de rato engaiolado me ferveu o sangue. A música era GO de uma banda japonesa chamada FLOW, que ficou se repetindo por diversas vezes, até eu dar um grito; na verdade um gemido, um apelo desesperado por silêncio. Então tudo ficou quieto. Um sopro gelado na minha pele queimada do sol. Mas foram apenas alguns segundos até começar a ouvir outra música. Desta vez, a música era a COLORS.

Estava tão irado que mal notei que ambas eram da mesma banda. Mas continuei, buscando uma saída daquele local. Então lembrei de algo; de um lugar. Isso mesmo. O porão.

Corri até a porta e procurei uma entrada. Não achei. Também não sabia se a porta estava destrancada, pois na minha minúscula forma não alcançaria a maçaneta. Portanto roí a velha porta. Roí com toda a vontade, até meus dentes se desgastarem por completo e minha boca começar a sangrar.

Depois de horas, finalmente consegui entrar. Eu me mutilei, trucidei meu próprio maxilar, mas consegui entrar. Ao fazê-lo, corri até a tábua e entrei atrás dela, mas não vi nada. Estava escuro. Então a dor passou. Me senti mais leve. Mais relaxado. Notei estar deitado. Mas não deitei! Só podia ser uma coisa: Eu estava dormindo.

Abri os olhos. Realmente aquilo era um sonho. Nem cheguei a ver o que tinha atrás da tábua.

Droga. Eu tenho que ver o que tem lá! Mas antes vou comer. Sem energias não poderei passar por aquela porta.

Após me saciar com o pão caseiro quentinho que encontrei encima da mesa, fiquei vagando pela velha casa, como uma alma presa. Só. Triste.
Foi entediante. Horas e horas, sem falar nada. Sem ouvir nada. Agora eu sei porque a maioria dos fantasmas são aterrorizantes; tanto tempo sozinho pode deixar alguém anti social, e até mesmo sedento por diversão, mesmo que isso signifique torturar alguém para passar o tempo.

Depois de pensar e pensar, eu fiquei exausto. Parecia que nem havia tomado café da manhã. Por isso, o Hisako me fez outra visitinha para saber o que eu queria comer. Escolhi feijoada. Algo bem forte para me manter, pois parecia que minhas forças estavam se desgastando rapidamente. Era quase como se passassem horas dentro de um só minuto.

Novamente eu comi, sem saber se comeria novamente. Sem saber se após ficar fraco receberia uma apunhalada nas costas, um tiro na testa!
Mas não recebi. Eles me deixaram viver. Talves queiram realmente minha ajuda. Mas quem queria me matar? Talves a mesma pessoa que trancou a porta. Falando nela, não vejo a hora de entrar naquele porão para desvendar tudo esse mistério miserável! Mas como? Como sem ser viso? Acho que já sei, mas amanhã eu executarei meu plano. Hoje estou com a cabeça muito cansada. Devido as longas horas pensando sem parar nas mortes dos Uchihara, em mim, na Bruna... Em como eu queria que ela estivesse comigo...
Falando na minha cabeça, acho que vou ouvir música para esfriá-la. Talves assim, eu entenda um pouco sobre o sonho que tive.

Estou de volta. Enquanto ouvia um pouco de pop/rock japonês, eu reparei num detalhe, algo que havia percebido enquanto digitava mais cedo, porém não reparei ser tão importante...

Lembra das músicas que ouvi durante meu sonho? Bom, ambas são da mesma banda; FLOW. Como já disse, uma banda de origem japonesa, assim como os Uchihara. Então comecei a pensar neste óbvio vínculo entre as músicas e minha missão e fui verificar se o Hisako havia algo que lembrasse a banda. Olhe algumas fotos no computador dele, os DVDs do Naruto nos quais são apresentadas músicas desta banda... Mas nada. Não achei nem uma pista.

Foi então que algo realmente fantasmagórico aconteceu. Após sair do banheiro e voltar ao quarto do Hisako, fui surpreendido por um homem que vestia preto e tinha a face coberta por uma máscara. Lembrava um pouco um agente da ANBU, a polícia ninja especial. Mas ele não usava shurikens.
Usava CDs. Isso mesmo, CDs. Aqueles que já estavam no quarto do Hisako: alguns de músicas, outros jogos para videogame... Mas o homem jogou os CDs em mim como se fosse shurikens de verdade, e mesmo que sejam inofensivos nas mãos de alguém normal nas mãos de um ninja podem causar algumas marcas profundas; principalmente na testa.

Após aquela pessoa que misteriosamente apareceu no quarto esgotar seu estoque de armas plásticas, ele sacou uma espada e tentou me ferir. E pensando bem, ela não se parecia com aquela que matou o Hisako. Na verdade, acho que já vi a espada que atravessou a cama em uma foto, talves no escritório do sr. Daiki...

Mas enfim, ao tentar me ferir, eu segurei a espada entre as mãos literalmente, como nos filmes de kung-fu, e a retirei o homem mascarado. Ele tentou fugir, mas eu joguei a espada nele, ferindo sua perna. Ele rolou escada a baixo, pegou a espada e saiu correndo. Após ouvir um barulho de porta batendo, que segui o rastro de sangue até a entrada do porão. Realmente eu tenho que entrar lá! É lá que está a chave desse mistério!!

Agora que eu pensei bem, acho que realmente foi no escritório do sr. Daiki onde vi uma foto da espada que matou o Hisako... E acho que descobri o significado da pista do Flow!

Eu irei verificar e já volto a escrever!

Eu sabia! CD! Era isso! A espada que reconheci foi um presente do sr. Daiki para seu neto, e no escritório tem uma foto dos dois no dia em que o Hisako ganhou a espada! E ao pensar um pouco sobre CDs, eu deduzi que o assassino que quase matei era uma pista sobre as músicas; não sei se realmente era, mas ao entrar no escritório, notei algo que não tinha chamado minha atenção antes: Uma prateleira cheia de CDs. E um deles era da banda Flow!

Ao colocá-lo no computador, eu confirmei minha teoria. Era aquilo que eu procurava. O backup!

Mas minha alegria acabou logo; Ele está protegido por uma senha. Draga! Tentei o nome do sr. Daiki, do Hisako, Flow, Go, Colors, e muitas outras mas não consegui nada. Nada.

Minha cabeça está quase explodindo de tanto pensar. Não aguento mais ficar nesta casa! Minha ira e angustia se misturaram e formaram um sentimento que nem sei se tem nome, mas que está mastigando minha alma!
Eu tenho que me acalmar. Se ficar desesperado, irei apenas atrapalhar mais meus próprios pensamentos.

Não sei o que é pior. Ficar olhando para a claridade dessa tela que aumenta cada vez mais minha dor de cabeça, ou ficar no escuro, correndo o risco de me perder em minha mente. Minha ansiedade de sair desse inferno está me fazendo torturar-me psicologicamente. Se ao menos a Bruna estivesse aqui... Para me dar uma base, para eu ter certeza de que ainda estou vivo!

Mas não está...

Já sei, vou tomar um banho gelado. Para refrescar as ideias. Acho que agora isso é possível, já que não era há alguns minutos, pois minha barriga ainda estava muito cheia de feijão e carne de porco... E falando nisso, notei que após cada aparição deles, eu me enfraqueço mais... A cada minuto, eu me sinto mais desgastado fisicamente...

Bom, vou fazer o que disse. Amanhã eu digito mais. E prometo, para mim mesmo que nem que tenha que amputar um braço ou uma perna, ou até mesmo tenha que roer aporta até desgastar todos os dentes, amanhã eu entrarei novamente naquele maldito porão e de uma vez por todas, verei o que de tão importante há atrás daquela maldita tábua!!

Um comentário:

  1. nussssssssssssssssa, que sonho cabulosooooo, ratinho meio mazoquista ein?? roer até acabar com os dentes.... o.O
    hehehehehe
    Vc curte rock japones?? hmm, legall
    Ta show seu blog, Como sempre, né??
    bjus

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